quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Paradoxo do Nosso Tempo.

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão .
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.
George Carlin (humorista,ator e autor norte-americano)

Um comentário:

  1. Sabe... é por isso que tenho buscado o silêncio interior. O silêncio das horas quietas, o silêncio das pradarias interiores, o "silêncio" cheio de sons que literalmente ignoramos em nosso dia a dia. O silêncio que nos permite ouvir o próprio coração. Aliás percebi esses dias que nunca havia ouvido meu próprio coração e respiração. Fiquei atônito ao perceber o mundo interior que guardamos... Não apenas emocional, mas orgânico também. Percebo que há em meio à esse silêncio uma amorosa e silenciosa face que também nos observa. Passei muito tempo de minha vida falando, falando, falando para meu interior... Fiquei cansado disso. Tenho percebido, com alegria e humildade os grandes espaços vazios que existem em nossa alma e que precisam ser preenchidos. Essa reflexão nos aproxima muito da espiritualidade clássica praticada por pessoas que hoje tenho conhecido, admirado e amado. Pessoas do início do cristianismo. São Francisco de Assis, Tereza de Ávila, Santo Agostinho... Me surpreendo como essas pessoas chegaram a viver!!! As idéias da reflexão acima vem muito de encontro à tudo isso. Obrigado por nos lembrar. :) Grande abraço.

    ResponderExcluir