O dia “D” se aproxima. Estamos vivendo momentos de grande importância para a sociedade brasileira – as eleições em sua etapa final. É o momento então de refletirmos com toda a seriedade que o fato requer. Às vezes num momento de desencanto, falamos mal da política e por conseguinte dos políticos. Em relação à política não temos que falar mal nem bem. Ela em si não tem vontade própria. Ela é apenas uma ciência e uma bela ciência. Na verdade ela faz parte da nossa vida mais do que imaginamos. Desde a hora que nos despertamos pela manhã até à hora de dormirmos, e até mesmo enquanto o fazemos, portanto, por vinte e quatro horas por dia a política está nos influenciando. Assim sendo não adianta fugirmos de seus efeitos, negando sua influência. Temos sim é que modificá-los, agindo com coerência na hora “h” e cobrando depois. Quanto aos políticos, esses sim, têm vontade própria e bem própria. Principalmente se falarmos da vontade política. Pois bem, diz uma amiga minha que na verdade só existe dois tipos de políticos: os que querem o poder e os que detêm o poder. No que concordo com ela e digo mais. Os primeiros são hábeis, sábios e generosos, pois manipulam a arte política com muita maestria, sabem com precisão a solução para todos os problemas e se doam à população exaustivamente participando e apoiando todo evento popular, toda confraternização, toda festa, velório etc. Já os segundos, coitados, são vítimas de mil contingências. De programas amarrados na gestão anterior, de projetos faraônicos inexeqüíveis e problemas com a adequação às leis. Uma terceira vertente nessa situação é a questão do eleitorado. É o eleitor a causa e a conseqüência de tudo isso. Causa porque é o verdadeiro patrão desse empregado chamado político, pois na verdade, é quem os nomeia e os paga. Apesar disso não vê o retorno merecido e devido, ficando sem saúde, sem educação e sem infraestrutura (leia-se estradas), sendo portanto esse cidadão desamparado a conseqüência dessa desvontade política. E daí? Daí que o eleitor precisa tomar consciência de que é detentor da única arma realmente eficiente na luta contra esse caos – o voto. E que jamais deve colocar seu voto na banca da feira eleitoreira e fazer dele um objeto de barganha barata. Se você eleitor, forçado por circunstâncias adversas, vende seu voto por alguns metros de muro pré-moldado, por uma consulta a um especialista ou mesmo por uma cesta básica, você está simplesmente cooperando para a perpetuação desse estado de coisas. Sendo, portanto, essa situação de inteira responsabilidade sua. Portanto fiquemos atentos a quem nós vamos ajudar a eleger. Conhecemos seu passado? Temos informações seguras sobre sua vida familiar? Profissional? E mesmo política? Sabemos se já exerceu outros cargos nos quais demonstrou competência? Seu discurso de agora está coerente com o que disse ou fez outrora? Suas atitudes tem falado mais alto que sua voz? Esse é o caminho. Não sendo assim, não adianta chorar o leite derramado depois.Evidentemente que não podemos e não estamos generalizando. Há políticos confiáveis. Existem homens que estão fazendo as leis para cumprirmos e que estão imbuídos de bons princípios, mas existem muitos, e infelizmente são em maior número, que aviltam a boa fé do homem simples e desprezam a coisa e a causa públicas. Se não for por esse caminho, jamais separaremos o joio do trigo. Não temos outra saída, a não ser, para aqueles que têm fé, pedir a ajuda Divina. (José Moreira Filho -Acadêmico da ALAMI)
Nenhum comentário:
Postar um comentário